ATA DA
NONAGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA
DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 05-10-2016.
Aos cinco dias do mês de
outubro do ano de dois mil e dezesseis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, na qual registraram presença
Adeli Sell, Clàudio Janta, Dinho do Grêmio, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz,
João Carlos Nedel, João Ezequiel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Mauro Pinheiro,
Mendes Ribeiro, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Rodrigo Maroni e Tarciso Flecha
Negra. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, registraram presença Airto Ferronato, Bernardino
Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Guilherme Socias
Villela, José Freitas, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Márcio Bins Ely,
Paulinho Motorista, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Valter Nagelstein e Waldir
Canal. Após, foi apregoado Requerimento de autoria de Engº Comassetto (Processo
Eletrônico nº 04307/16), deferido pelo Presidente, solicitando autorização para
representar externamente este Legislativo, no dia dois de setembro do corrente,
no evento “Desfile da Semana da Pátria 2016 da Restinga”, às nove horas, em
Porto Alegre. A
seguir, foi apregoado Requerimento de autoria de Idenir Cecchim, Líder da
Bancada do PMDB, solicitando, nos termos do artigo 218, § 6º, do Regimento,
Licença para Tratamento de Saúde para Professor Garcia, do dia três de outubro
ao dia primeiro de dezembro do corrente. Também, o Presidente informou que o
suplente Mendes Ribeiro foi empossado na vereança no dia três de outubro do
corrente, em substituição a Professor Garcia, passando a integrar a Comissão de
Educação, Cultura, Esporte e Juventude. Ainda, o Presidente informou que o
suplente João Ezequiel foi empossado na vereança no dia três de outubro do
corrente, em substituição a Fernanda Melchionna, em Licença para Tratamento de
Saúde do dia primeiro ao dia seis de outubro do corrente, passando a integrar a
Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação. Em COMUNICAÇÕES,
pronunciaram-se Rodrigo Maroni, Adeli Sell, Clàudio Janta, Idenir Cecchim e
Sofia Cavedon. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Rodrigo Maroni, Tarciso
Flecha Negra, Dr. Thiago, Bernardino Vendruscolo e Sofia Cavedon. Na ocasião,
foi aprovado Requerimento verbal formulado por Guilherme Socias Villela,
solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Durante a Sessão, Sofia Cavedon
manifestou-se acerca de assuntos diversos. Também, foi registrada a presença,
neste Plenário, de João Mendes, vereador do município de Alvorada – RS. Às
quinze horas e trinta e um minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a próxima sessão ordinária. Os trabalhos foram presididos por Paulo
Brum e Guilherme Socias Villela e secretariados por Paulo Brum. Do que foi
lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º
Secretário e pelo Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): Apregoo Processo nº 4307/16, de autoria do
Ver. Engº Comassetto, que solicitou representar esta Casa no Desfile da Semana
da Pátria da Restinga, em Porto Alegre, no dia 2 de setembro de 2016.
O Ver. Idenir Cecchim, na condição de
Líder da Bancada do PMDB e nos termos do art. 218, § 6º do Regimento, solicita
Licença para Tratamento de Saúde para o Ver. Professor Garcia, no período de 3
de outubro a 1ª de dezembro de 2016. Em face do cancelamento da Sessão do dia 3
de outubro, o Suplente, Ver. Mendes Ribeiro, que passou a integrar a Comissão
de Educação, Cultura, Esporte e Juventude, tomou posse no Gabinete da
Presidência no referido dia.
A Mesa declarou empossado o Suplente, Ver. João
Ezequiel, que passou a integrar a Comissão de Urbanização, Transporte e
Habitação, no dia 3 de outubro, no Gabinete da Presidência, nos termos
regimentais, em face da Licença para Tratar de Interesses Particulares
solicitada pela Ver.ª Fernanda Melchionna, para o período de 1º a 6 de outubro
de 2016, que foi aprovada durante a 094ª Sessão Ordinária.
Respondendo
pela Presidência, neste momento, quero fazer uma pequena observação: findo o
pleito eleitoral, espero que os colegas reeleitos continuem se dedicando com
vigor às causas da Cidade e aos seus projetos pessoais. Aos colegas que, assim
como eu, estarão deixando esta Casa em 31 de dezembro, que persistam na luta
por melhorias em favor da comunidade porto-alegrense. Aos novos eleitos, que
trabalhem com afinco em busca do bem comum. Muito obrigado.
Passamos
às
Com
o consentimento do Ver. Adeli Sell, alteramos a ordem dos oradores, iniciando
pelo Ver. Rodrigo Maroni. O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra em
Comunicações.
O SR. RODRIGO MARONI: Boa tarde, queridos colegas Vereadores e
Vereadoras, colegas da Câmara Municipal de Porto Alegre, funcionários da
Câmara, Guarda Municipal, meninas da taquigrafia, pessoal da TVCâmara. Quero,
neste meu primeiro pronunciamento após as eleições, de forma profundamente
emocionada e feliz, parabenizar este grupo que veio até aqui, Câmara de
Vereadores, e que foi fundamental no meu processo eleitoral e na defesa dos
animais no último período. A essas pessoas, desde os coordenadores, o pessoal
que estava nas ruas, o pessoal que organizou a campanha, o pessoal que deu os
seus dias, as suas tardes, as suas noites e, muitas vezes, os seus finais de
semana e as suas madrugadas divulgando na Internet, eu sou infinitamente grato
– tiro o chapéu em agradecimento a vocês. E dizer que o compromisso que a gente
estabeleceu na campanha, o compromisso da defesa dos animais, é o compromisso
que vai se manter. O trabalho dos coordenadores do meu gabinete, a Márcia, o
Lopes, a Angélica, vai se manter. Tudo que a gente falou na campanha, foi
entendido pela população, porque era necessário. Tudo que a gente relatava na
campanha, e foi muito fácil de ser feita, porque tinha verdade, porque o que
apresentamos tinha acontecido. Quando tu mostras fatos, tu não tens que ter receio
do processo eleitoral, o que, infelizmente, no Brasil não é representativo,
muitas vezes, e não é real, concreto com a realidade da população. Mas eu tenho
convicção de que a nossa campanha foi bonita, criativa, alegre, e que mesmo com
todos os ataques orquestrados e organizados por pessoas que não queriam essa
vitória, por aqueles que defendem a política tradicional de discursos, de
demagogia foram derrotados, não o foram por mim, mas pelos milhares de animais
que estavam mal e que precisavam de atendimento.
Quero dizer que não sinto que toquei o céu.
Infelizmente, a política no Brasil hoje faz as pessoas pensarem que quem ganha
é dono do trono, que toca o céu. Passamos do período Imperial, e muitos ainda
acham que o prestígio político é muito importante; que a eleição é disputa de
trono para outros tocarem corneta; que a política deve ser um instrumento de
poder e de ascensão social. A minha compreensão é de que mais importante do que
a vitória eleitoral é a vitória dos milhares de animais que poderei salvar,
continuar resgatando no ano vem, é colocar o dedo na moleira dos órgãos
públicos. Que a nossa secretaria passe a ser pública e abra aqueles portões
para atender os animais que morrem no seu portão. Que os municípios do Interior
entendam que têm que ter canil e médico-veterinário. Quero dizer aos queridos
colegas que derrota eleitoral não é nada; em uma eleição, uma derrota e uma
vitória não são nada! Derrota é daqueles que perdem a esperança de tentar transformar alguma coisa.
O SR. PRESIDENTE (Guilherme
Socias Villela): O Ver. Rodrigo Maroni prossegue a sua manifestação, a partir
deste momento, em Comunicação de Líder.
O SR. RODRIGO MARONI: Maristela querida, a derrota é daqueles
que perdem o seu lado humano. A derrota é daqueles que perdem a esperança de
mudar o mundo. Uma eleição vem atrás da outra, e nós temos que ter muita
convicção de que o mais importante, nessa história toda, é que nós possamos
acreditar, possamos mudar nós mesmos por dentro. Esse é o maior símbolo de uma
vitória. Eu quero dizer que nenhuma vitória, Dona Rosana Pratini e pessoal dos
animais, vai me deixar mais feliz do que poder salvar os animais. Cada vez que
eu evitar uma fratura em um animal, um atropelamento, uma situação de rinha, de
vulnerabilidade, de tiro, como acontece com centenas, isso vai ser muito maior
do que a vitória eleitoral. Não dá nem para se comparar um rabinho balançando
com o que é uma vitória eleitoral. Um olhar de medo, de sofrimento que o animal
deixou de ter com uma vitória eleitoral. Eu, seguramente, vou me manter nesses
quatro anos fazendo isso. Eu não vou me burocratizar e ficar no Parlamento,
pura e simplesmente. Podem me considerar louco, podem me considerar o que
quiserem que eu vou dar a minha vida pela vida dos animais.
Muito
obrigado, pessoal, por terem me ajudado de forma ampla. Simplesmente eu toquei
corações, isso foi o mais importante. Cada dígito ali na urna foi consequência
de alguém que foi tocado e sensibilizado de que esta pauta é importante, de que
os animais não são enxergados. A minha vitória, por incrível que pareça, eu
tenho que assumir que nada mais é do que um reflexo de que tem muitos animais
derrotados, porque, se esses animais não estivessem derrotados, o Maroni não
ganhava! Se existisse política pública para os animais, o Maroni não ganhava!
Se tudo o que eu falei aqui fosse loucura, se os projetos que eu apresentei
efetivamente não tivesse sentido, eu não ganhava! Se tivesse hospital público,
ambulância, eu não ganhava! Eu ia perder! Se tivesse delegacia dos animais, eu
ia perder! Como não tem, tem derrota de animais na Cidade e em todos os
Municípios. Eu fui em quase 200 Municípios, talvez, por isso houve vitória
eleitoral! E se me perguntarem se prefiro ganhar as eleições e os animais
perderem, eu prefiro perder, Ver. Reginaldo Pujol, sair daqui e os animais
ganharem. Eu espero que, daqui a quatro anos, eu seja derrotado nas eleições,
se as coisas estiverem funcionando para os animais; ponto final. É só isso o
que peço: que aquele órgão deixe de ser privado, de ser uma extensão de clínica
veterinária e passe a ser um órgão público; que funcione 24 horas, que as
pessoas liguem e não fiquem no protocolo com um animal no colo para morrer. Eu
prefiro ser derrotado, gente, porque a maior vitória é a liberdade de poder,
isso todos têm, de se transformar para poder ser melhor. E aqueles colegas que
foram derrotados não se sintam derrotados, porque às vezes, é muito melhor
perder. O ser humano é um bicho que tem que perder para aprender. Eu conheço
bem o bicho humano, eu estou mentindo? O bicho humano é o único que tem que
perder, perder milhões de vezes para aprender, pois a derrota ensina muito mais
do que a vitória. Eu nunca vi quem ganha ter humildade de simplesmente dizer:
bom, foi uma vitória, um degrau, ponto final. Agora, aqueles os derrotados têm
que refletir; eles têm que se repensar e, muitas vezes, se transformar para
melhor. Então, a maior derrota é daqueles que ganharam e acharam que subiram
num trono ou que vai ter gente para tocar corneta! Os políticos tradicionais do
Brasil todo, que acham de grande importância ter uma vitória eleitoral, esses
perdem porque se acomodam e vão aparecer na véspera da eleição que vem. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): O Ver. Tarciso
Flecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa tarde, Presidente; boa tarde colegas
Vereadoras e Vereadores; todos que nos assistem aqui nas galerias e pela
TVCâmara. Vim aqui, hoje, muito tranquilo, com o meu dever cumprido. Quero
parabenizar desde aquele que fez um voto, porque teve a coragem de ir lá na rua
e pedir votos, botar sua cara a tapa. Perder faz parte do jogo; perdi muito e
ganhei muito na minha vida, mas nem por isso deixei de cumprimentar o meu
adversário quando eu perdia. Cumprimentei a todos, e quando venci, fui
cumprimentado. Quero agradecer a toda Porto Alegre, àqueles que me deram
carinho nas ruas, àqueles que me abraçaram, àqueles que votaram em mim, que
confiaram seu voto a mim. Estou aqui há dois anos e vou para o terceiro ano no
ano que vem, e vou fazer tudo para honrar esse voto. Quero dizer que, no ano de
2017, iniciarei o terceiro mandato, porque eu ainda tenho projetos. O Museu do
Negro é um sonho para mim, assim como foi o título de Campeão do Mundo, pelo
Grêmio; assim como foi a Libertadores, pelo Grêmio. Lamento muito o meu
parceiro, Delegado Cleiton, não estar aqui para que pudéssemos fazer e contar a
história do negro no Rio Grande do Sul, mas o jogo é assim. Fico muito triste quando
algumas notícias saíram no jornal 48 horas antes das eleições. Acho que para
jogar e ganhar o jogo não precisaríamos pisar nas pessoas. Sempre, na minha
vida, fui honesto. Todas as vitórias que eu tive foram suadas, chorando, mas
nunca caluniei ou pisei em alguém. É importante isso aí, gente, porque nós
levamos desse pleito uma lição: o povo está cansado, por isso foi muito voto
nulo. Esse é um recado para 2018, um recado muito forte do povo. Às vezes, não
temos como, em 40, 72 horas, responder para o povo o que realmente estamos
fazendo aqui na Câmara de Vereadores, mas eu vou ter essa oportunidade. Dos
vários 15 minutos que terei aqui, usarei para falar deste Vereador mais faltoso
aqui nesta Câmara – segundo reportagem de jornal. De quantas sessões eu
participei aqui na Câmara? Sou o cara que votou contra o Uber? Eu não votei
contra o Uber; eu vou votar, sempre na minha vida. Posso perder, mas a minha
dignidade, a minha honestidade eu vou ter. Eu sou a favor da regulamentação,
porque todos nós trabalhamos e pagamos impostos. Eu sempre paguei. Eu quero uma
Porto Alegre melhor para todos, segurança para todos. Então, eu vou poder
mostrar bem. Quero dizer que eu peço perdão a Deus por essas pessoas, porque o
único a quem temo é Ele, Ele vê tudo, por isso Ele me deu esse presente. Não
adianta mentir, injuriar as pessoas, isso não ganha eleição, o que ganha
eleição é ir para rua, conversar, pedir o voto e olhar na cara das pessoas,
isso que ganha voto, não é mentindo. Deus nos abençoou, abençoou essa minha equipe
maravilhosa, que conhece o José Tarciso de Souza, o Flecha Negra. Que Deus,
Oxalá, nos ilumine. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): Obrigado, Ver.
Tarciso Flecha Negra. O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Ver. Villela; colegas,
Vereadores, Vereadoras, senhoras e senhores, servidores da Câmara Municipal de
Porto Alegre, é extremamente gratificante, depois de um pleito eleitoral voltar
a esta Casa com apoio popular, uma eleição tremendamente difícil, especialmente
para mim, que fiquei três anos e meio fora desta Casa, volto aqui para compor a
bancada com a Ver.ª Sofia, o Ver. Sgarbossa e agora com a presença também do
Oliboni, que já foi nosso Vereador. Nós pretendemos continuar a nossa batalha –
eu falo batalha porque nós estamos em uma guerra contra a incompetência
administrativa da Carris, a incompetência administrativa da EPTC, da falta de
fiscalização dos ônibus de Porto Alegre, uma verdadeira tragédia. Nós vamos
fazer os devidos enfrentamentos sobre o tema do transporte coletivo de
passageiros em Porto Alegre. Já o fizemos em parte neste ano, com a nossa
volta; agora, faremos de forma coordenada, buscando todos os elementos
possíveis para mostrar que o transporte coletivo de passageiros de Porto Alegre
faliu, só não quer ver quem não anda de ônibus, ou não se importa com o povo,
ou é um burocrata da EPTC. Por outras razões, não sei quais são, mas as minhas
são: da dignidade de a pessoa humana não ficar morgando numa parada de ônibus,
ônibus chegando sempre atrasado, a pessoa com deficiência buscar um ônibus que
tenha o elevador, mas ele não funciona. Então, nós estamos aqui para essa luta
e lutaremos de todas as maneiras para melhorar o transporte coletivo de
passageiros.
Ademais,
nós já queremos anunciar aqui que vamos mexer na lei dos lotações, nós queremos
abrir a caixa-preta dos lotações, ampliar as linhas, ampliar o número de
carros, porque estamos fazendo aqui um grande debate sobre as plataformas Uber
e outras. Ou seja, fazendo com que a economia, as coisas da Cidade fluam para
que haja concorrência. Hoje, não, é muito simples, o sistema de lotações está
demarcado para uma meia dúzia de empresários do setor, que não querem a sua
ampliação porque estão ganhando muito dinheiro. O mesmo acontece com os ônibus.
Por que o Poder Público não amplia as linhas T? Por que trocou linhas
importantes da Carris, colocando a Carris em linhas muito mais longas,
complexas e deu as boas linhas, de mão beijada, aos setores da ATP? Não é
preciso falar do transporte por táxi em Porto Alegre, nós vimos a balbúrdia que
aconteceu neste plenário na semana passada. Com aquele comportamento de alguns,
coloco em xeque uma categoria profissional, mas nós vamos trabalhar pela qualificação
também do sistema táxi, Uber e outros aplicativos. Nós vamos trabalhar também
para as ciclofaixas e ciclovias, que elas sejam respeitadas e que busquemos,
como primeira coisa no ano que vem, nesta Casa, ter um lugar adequado para quem usa
bicicleta poder ter o seu banheiro, o seu local para trocar de roupa, porque
nós vivemos numa cidade que faz muito frio em alguns momentos ou um calor
infernal em outros. Portanto, é preciso trabalhar essa questão da bicicleta de
forma muito mais ampla. Eu tenho certeza de que teremos parceria, sem dúvida
nenhuma, dos colegas Vereadores.
Finalmente, eu me antecipei ao Outubro Rosa,
usei na minha campanha um panfleto rosa, e hoje eu vejo aqui - gostaria que
todos aplaudissem - as colegas da taquigrafia usando rosa. Vamos lutar pela
saúde. A saúde das mulheres em primeiro lugar! Bravas servidoras da Câmara,
bravas taquígrafas! Assim que se faz campanha. Estou feliz em vê-las todas de
rosa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Aproveito a oportunidade para anunciar a
campanha do Outubro Rosa, desenvolvida pela Taquigrafia, solicitando doações de
produtos de higiene, pastas, escovas de dentes, hidratantes, sabonetes, lenços,
perucas, toucas, bonés, pijamas e chinelos, para o Centro de Convivências do
Hospital Santa Rita da Santa Casa. A entrega será feita no dia 26 de outubro,
no Plenário Otávio Rocha. Espera-se a colaboração de todos. Uma salva de
palmas, por favor. (Palmas.)
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em
Comunicações.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, queria, primeiramente, saudar
todos os Vereadores que participaram deste pleito, principalmente os colegas
reeleitos, os novos que irão ingressar
nesta Casa no dia 1º de janeiro, e, principalmente, agradecer pelos votos
obtidos neste pleito; agradecer aos trabalhadores e às suas famílias, porque,
durante mais quatro anos, esta Casa terá dentro dela um representante dos
trabalhadores; esta Casa terá dentro dela alguém que continuará discutindo as
57 emendas de regulamentação dos aplicativos, que não vêm somente para o
sistema individual de transporte de passageiro; os aplicativos, que, como disse
o meu filho, no domingo, me levaram a diminuir a minha votação, mas não tiraram
a minha convicção, não tiraram a minha questão ideológica, não tiraram o ferro
que me forjou; os aplicativos, que geram desemprego; os aplicativos, que geram
uma falsa comodidade; os aplicativos, que geram, hoje, o desemprego individual
no transporte de passageiros, e, logo mais, chegará o projeto, que gerará o
desemprego no transporte coletivo de passageiros; o aplicativo, que
transbordará a nossa Cidade de carros, assim como transbordará a nossa Cidade
de lotações de transporte escolar, transbordará a nossa Cidade de quartos
alugados, transbordará a nossa Cidade de não cumprimento de lei.
Eu
queria agradecer a cada uma das pessoas que saiu de casa no domingo e exerceu o
seu direito de voto e lamentar os mais de 40% que acharam que o protesto era
não votar, que o protesto era dizer que não tinha que eleger um representante
na Casa do Povo. Quero dizer que o protesto era eleger, era, talvez, renovar
esta Casa toda, mas que aqui estarão os 36 Vereadores discutindo as questões da
Cidade, questões importantes de mobilidade urbana, questões importantes de
habitação, questões importantes de transporte, segurança e saúde, questões do
dia a dia, da vida das pessoas, e que cabe a esta Casa o fazer, cabe a cada um
dos 36 membros desta Casa discutir a vida do povo de Porto Alegre. Aqui estarão
36 representações escolhidas pelo povo, na forma mais justa que possa existir,
na forma democrática, na forma das urnas. As urnas escolheram, as urnas
decidiram, as urnas deram a resposta, e aqui estaremos, discutindo o dia a dia
da cidade de Porto Alegre, o melhor, e o ponto de vista dos nossos eleitores
para a cidade de Porto Alegre, o melhor de descentralizar a cultura, o melhor
de implementar, o que todos os candidatos a Prefeito descobriram e falaram, do
atendimento à saúde, alguns até as dez horas, alguns estendendo atendimento até
a meia-noite, alguns postos, mas se esqueceram de dizer que isso é uma lei, que
isso está alterado na cidade de Porto Alegre, uma lei construída dentro desta
Casa, um projeto de lei popular que alterou a Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre com 114 mil assinaturas, e que deve ser cumprida,
gradativamente, pelo próximo gestor. E por isso todos eles falaram em abrir os
postos de saúde. A escola de tempo integral, também os candidatos falaram em
fazer. Não turno, não extraclasse, mas uma lei aprovada e construída, que
também mudou o Plano Diretor, mudou a Constituição da cidade de Porto
Alegre, construída dentro desta Casa. Então, nós vimos nesta legislatura que
está para findar, esse debate na TV. Isso nos deixa muito satisfeitos e muito
contentes. E também as postagens, Ver. Prof. Alex, que vimos nas redes sociais
que, infelizmente, o absurdo aconteceu do defensor do atraso se eleger, o
Clàudio Janta, porque defende a geração de emprego e renda; defende que os
trabalhadores tenham direitos iguais, e vamos seguir aqui lutando pelos
direitos iguais, vamos seguir aqui lutando pela regularização fundiária, vamos
seguir aqui lutando por Porto Alegre para todos, por uma Porto Alegre melhor
para viver, onde os trabalhadores tenham os seus direitos. Sejam eles
trabalhadores informais, sejam eles trabalhadores formais. Agora, o que não pode é
uma pessoa pagar para ter o direito de exercer uma profissão, e outro não pagar
nada; o que não pode é uma pessoa ter um limite para ter uma concessão, e outro
não ter limite nenhum; o que não pode é uma pessoa ter um patrimônio, esse
patrimônio ter um carimbo, uma identificação, ser deteriorado, perder todo o
seu valor econômico, e o outro, simplesmente, não ter identificação nenhuma,
ter um valor de mercado assegurado, enganando a pessoa que vier a comprar.
Então, nós vamos seguir defendendo a regulamentação, a legalidade das leis em
Porto Alegre, e principalmente, os direitos dos trabalhadores; principalmente o
direito do povo de Porto Alegre; principalmente, como já falamos aqui no
início, uma Cidade que realmente seja alegre, uma Cidade em que, realmente, se
tenha o prazer de viver. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Ver. Clàudio Janta. Eu
solicito às distintas taquigrafas, referente ao projeto Outubro Rosa, que
venham até esta Presidência para as fotografias. Convido também os Srs.
Vereadores para esse evento.
A SRA. SOFIA
CAVEDON:
Vereador-Presidente, Presidente dos trabalhos Ver. Villela, se me permite,
então, dizer que esta é uma iniciativa muito bonita da Taquigrafia, falo aqui
também acolhendo como Procuradora da Mulher, proponho que, durante o mês de
outubro, esta Casa e quem nos visita doem produtos de higiene, pasta e escova
de dentes, hidratantes, sabonetes de glicerina - exemplos de produtos de
higiene -, lenços, perucas, toucas e bonés, pijamas e chinelos para o Centro de
Convivência do Hospital Santa Rita da Santa Casa. A entrega desses produtos,
que nós vamos nos engajar a divulgar e coletar, será em 26 de outubro aqui
neste plenário. Então, parabéns as nossas taquigrafas pela linda iniciativa.
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Dr. Goulart está com a palavra em
Comunicações (Pausa.) Ausente. Este Vereador, Guilherme Socias Villela, está
com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. Idenir Cecchim está com
a palavra em Comunicações.
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Sr. Presidente, Ver. Guilherme Socias Villela, que mesmo não tendo concorrido
nesse pleito esteve sempre presente com todos aqueles homens e mulheres de boa
vontade que foram candidatos; V. Exa. sempre foi um exemplo para nós todos,
mesmo não concorrendo serviu de exemplo e de norte para que nós fizéssemos uma
campanha limpa. Eu poderia vir aqui e agradecer a todos aqueles que votaram,
que não é o caso nosso aqui, cada um tem o seu candidato, mas quero agradecer
aos meus colegas que concorreram nesse pleito por não termos tido nenhuma
rusga. É impressionante, pelo lado positivo, que nessa eleição ninguém ficou
com mágoa de ninguém, ninguém derrubou a propaganda do outro – até porque não
tinha propaganda! –, ninguém atacou seu concorrente, seu adversário ou seu
colega. Foi uma campanha curta, quase secreta, porque tivemos que fazer uma
força enorme para dizer que éramos candidatos. Então, foi uma eleição que não
tem do que reclamar, lastimar ou culpar alguém. Cada um fez o que pôde, cada um
recebeu os votos que merecia, pelo seu trabalho, pela sua dedicação. Eu quero
dizer que dá para fazer campanha sem a máquina, sem ter nenhum apoio. Eu, desta
vez, optei por não receber doações. Fiz a doação para a minha campanha do meu
próprio salário que recebi aqui na Câmara, da mesma conta do Banrisul desta Casa,
doei para o meu CNPJ de campanha, e foi uma tranquilidade. Quero dizer que
gostei muito dessa experiência de não ter recebido doação.
Não estamos mais em épocas de muita luta
ideológica. Aqui em Porto Alegre, a disputa vai ser muita acirrada, mas espero
que seja uma disputa de ideias de futuro, porque, nas culpas do passado, os
dois lados que vão concorrer são partícipes. Se houve erros, foram dos dois
lados, os dois lados fazem parte do mesmo Governo; se houve acertos, também
foram dos dois lados. Espero que essa honestidade seja levada para a disputa do
2º turno, a honestidade e a coragem de declarar: eu sou do atual Governo. Os
dois candidatos têm essa responsabilidade, um é Vice-Prefeito, o outro é
apoiado por um grande partido, parceiro do atual Governo Municipal, que também
errou e acertou junto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Vereador. A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra em Comunicações.
A SRA. SOFIA
CAVEDON:
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, funcionários desta Casa, como todos,
gostaria de iniciar este período pós-eleitoral com um profundo agradecimento à
cidade de Porto Alegre, que me reconduz para mais um mandato de Vereadora. Pela
responsabilidade que isso tem, eu quero aqui reconhecer com humildade que, se
há, de um lado, o reconhecimento do trabalho, do mandato vivo, do mandato nos
movimentos sociais, no mandato comprometido com a luta das mulheres, com a luta
das políticas públicas dos seus funcionários públicos, com a fiscalização do
bom uso do recurso público, com a ampliação de políticas, em especial para a
educação, para a cultura, para a criança e adolescente. A nossa postura
permanente junto às comunidades que mais precisam, para que a democracia
participativa desta Cidade funcione plenamente e leve recursos para a
periferia. Junto a esse reconhecimento, eu sei que está uma aposta no avanço
democrático, no avanço da qualidade de vida, das condições da cidade de Porto
Alegre. Por isso, agradeço, com muito carinho, essa responsabilidade que
novamente me é concedida a todos e todas que fizeram essa campanha, acionando
as suas redes sociais, as suas famílias, os grupos de trabalho. Foi uma
campanha feita em rede, feita com muitas mãos, com muita alegria, com muita criatividade,
feita com a cara e as cores da mulher e da diversidade, da educação e da
cultura, em especial. Tenham certeza que serei incansável para reinventar a
política, para enfrentar o golpismo, sim, e para enfrentar um continuísmo que
se avizinha na cidade de Porto Alegre, porque as duas candidaturas que aqui
restaram para o segundo turno representam tanto governos que não respeitam a
democracia quanto uma cidade que está atirada, largada, degradada e com
políticas públicas que não chegam ao conjunto da população. Serei uma forte
combatente a esse modelo de venda, de exploração da Cidade, de ausência de
política pública de fato consistente para a nossa sociedade desde a periferia
até a classe média que quer alternativas, sim, de qualidade de vida e segurança.
Serei propositiva em todos esses temas. Muito obrigada a todos e todas.
Iniciando esse segundo momento pós-eleição, já
entrei com uma proposição que queria apresentar a vocês, Vereadores e
Vereadores, e à sociedade, que é da constituição, o mais breve possível, de uma
comissão especial para tratar do tema da segurança na cidade de Porto Alegre. O
Presidente constituiu uma frente metropolitana, nós aprovamos várias
indicações, mas esta Casa precisa tratar de forma contínua, de forma
contundente, de forma a buscar o diálogo entre Governo do Estado, Governo
Municipal, entre as tecnologias que lá e aqui tem, entre os recursos humanos
que temos, e, em especial, políticas públicas para a nossa juventude. Este
pedido de abertura de comissão especial, que protocolei no dia de ontem, terá a
responsabilidade de cobrar temas como o do Territórios da Paz nos locais em que
o crime se organiza, onde tínhamos a presença policial e a articulação de ações
para a nossa juventude, para as nossas mulheres que foram abandonadas pelo
Governo Sartori. Precisamos retomar imediatamente a presença policial, com mais
ações de prevenção, seja contra a violência com a mulher, seja com a juventude.
Temos que articular ações entre a Brigada Militar, a Guarda, as nossas
tecnologias, a EPTC. Então a Câmara de Vereadores tem responsabilidade de
cobrar de forma continuada que haja avanço em resposta da violência que chega a
todas as nossas famílias, à nossa juventude. Para isso é essa comissão
especial, e eu espero aprovação urgente, rápida, e a participação de cada um e
cada uma de nossos Vereadores.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. DR.
THIAGO:
Caros colegas Vereadores e Vereadoras, caro público que nos assiste pela TV em
canal aberto, para mais de 60 Municípios da Região Metropolitana; primeiro, eu
quero fazer uma saudação muito fraterna, muito cordial ao meu partido, e, na
pessoa do Ver. Reginaldo Pujol, nosso Líder, nosso Presidente da Metropolitana,
na pessoa do nosso Deputado Onyx
Lorenzoni, quero agradecer profundamente a acolhida que tive, a
receptividade e o carinho deles e de outras lideranças nacionais, como, por
exemplo, do Deputado Rodrigo Maia, do Senador Caiado, dessas lideranças todas
em prol da construção do partido, em prol da construção de uma ideia, de uma
saúde melhor. Então, quero externar que estou muito satisfeito e muito contente
com toda essa acolhida e com todo o incentivo que nós tivemos, não só eu, mas
todos os outros candidatos do partido, nessa caminhada até o pleito do último
domingo.
Com relação à questão do Outubro Rosa, eu quero
voltar aqui a enfatizar ao público que nos assiste, nos ouve e nos vê, a
necessidade, cada vez mais importante, de as mulheres poderem fazer seus exames
preventivos, seja de colo de útero, seja principalmente de mama. Alertar a
população gaúcha e porto-alegrense, pois, infelizmente, Porto Alegre e o Rio
Grande do Sul são os campeões nacionais em câncer de mama, o câncer mais
prevalente nas mulheres e em todas as faixas etárias. Com relação ao câncer de
colo de útero, ele é mais prevalente nas mulheres em idade sexualmente ativas,
portanto, é fundamental que as mulheres possam ter acesso ao exame
citopatológico de colo de útero, ao pré-câncer, ao papanicolau, e possam também
ter acesso ao exame clínico, realizado por profissional treinado, de
preferência médico, e, na questão da mama, que possam ter acesso à mamografia.
Infelizmente, muitas mulheres não têm tido acesso a esse exame na cidade de
Porto Alegre. Então, há que, neste Outubro Rosa, poder se discutir exatamente
isso: o acesso a exames de rastreio, screening.
E que as mulheres possam ter fácil acesso, principalmente à mamografia, o que
volto a dizer, infelizmente não tem ocorrido em Porto Alegre.
Quero dizer que, naquilo que se refere ao câncer
de mama, nós temos um projeto tramitando nesta Casa que dá o direito às
mulheres, aos homens – como estamos falando no Outubro Rosa, às mulheres – de,
com diagnóstico anatomopatológico, e com uma biópsia comprovando que já tem
câncer de mama, não ficarem esperando no posto de saúde para que as encaminhem
para o hospital; e, sim, que essa mulher, que tem câncer de mama, que urge o
seu atendimento, que precisa fazer cirurgia, para que a sua doença curável não
se torne incurável, possa marcar, diretamente no hospital, - já que é tão
prolatado que não existe demanda reprimida em oncologia - a sua consulta,
abreviando o início do seu tratamento.
Peço aos meus Colegas que possamos aprovar este
projeto, que muda um fluxo importante na Secretaria da Saúde, que pode, sem
dúvida nenhuma, salvar muitas vidas, evitar muitas sequelas, porque pacientes
que têm possibilidade de morte ou possibilidade de perda de membro, sentido ou
função, terão a liberdade de marcar diretamente a sua consulta onde puderem ser
efetivamente tratados.
Quero agradecer profundamente a Deus e à
população de Porto Alegre por nos ter reconduzido à Câmara Municipal de Porto
Alegre, o meu muito obrigado aos 12.669 porto-alegrenses que nos deram esse
voto de confiança e que têm a esperança de uma saúde melhor, de mais saúde para
todos, para que possamos transformar doenças incuráveis em curáveis. Muito
obrigado, meu colega Bernardino Vendruscolo, V. Exa. foi muito importante nessa
caminhada, assim como o ex-Vereador, meu querido amigo Beto Moesch. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Dr. Thiago. O Ver. Bernardino
Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Guilherme
Socias Villela; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, quero cumprimentar a todos
que concorreram no último pleito; cumprimentar aqueles que se elegeram e
aqueles que, porventura, não conseguiram atingir os seus objetivos. Todos
fizeram aquilo que, certamente, estava ao seu alcance, e não é fácil concorrer.
Eu, depois de muitos anos sem participar do pleito, senti-me aliviado, com todo
o respeito aos meus eleitores, às senhoras e aos senhores que estão nos
assistindo, porque não é fácil participar de um pleito, especialmente num
momento em que a classe política está com muito descrédito – totalmente, não,
porque seria um exagero. Então, quero cumprimentar todos que se elegeram e
aqueles que não conseguiram atingir os seus objetivos, porque todos cumpriram
com o seu papel e fizeram, sim, o seu trabalho, dentro da capacidade de cada
um, de tentar atingir o objetivo, que era a eleição.
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, eu quero aproveitar este momento porque chegou aqui para mim,
quentinha, a Lei nº 12.129, de 28 de setembro de 2016, sancionada pelo Prefeito
Fortunati. Eu quero lamentar, mais uma vez, e reconhecer que esta Casa, nós,
Vereadores, onde eu me incluo por questões que não preciso aqui dizer,
silenciamos. Muitos não estavam em plenário, eu duvido que tivessem mais de
três Vereadores no plenário quando votaram essa lei, que tem como objetivo
trocar o nome do Acampamento Farroupilha para Acampamento Farroupilha Nico
Fagundes. Eu fui um dos amigos particulares do Nico Fagundes. Com certeza, o
próprio Nico Fagundes não aprovaria, porque o Acampamento Farroupilha não se
presta para homenagear personalidades de forma individual. O Acampamento
Farroupilha, consagrado aqui no Estado do Rio Grande do Sul, tem como objetivo
principal homenagear momentos históricos do Rio Grande do Sul, tem como
objetivo homenagear a cultura, o folclore do Rio Grande do Sul, onde o Nico foi
uma das maiores autoridades. O Acampamento Farroupilha não pode receber uma
outra denominação homenageando quem quer que seja, de forma individual.
Faz 30 minutos que recebi a lei, e daqui a 5 minutos estarei
protocolando um projeto que busca rescindir, revogar essa lei. E eu quero aqui,
mais uma vez, dizer que no dia em que se votou, nós não estávamos preparados
para votar. Aqui, houve, sim, aqueles tropeços de plenário, e este plenário não
é o único que tropeça de vez em quando. É como se fosse um acidente de
trabalho. Ao encaminhar, o autor disse: “Solicito alteração da Ordem do Dia
priorizando a votação do PLL nº 166/15”. Foi aceito. Na votação, sequer foi
citado de que se tratava. Disse: “Não há quem queria discutir o PLL nº 166/15.
Em votação. Os que concordam permaneçam como estão, os contrários se
manifestem”. Aqueles Vereadores – e eu não estava no plenário, porque não
estava priorizado para ser votado naquele dia –, por questões que não vêm ao
caso, aceitaram, silenciaram, ainda que fossem três ou quatro. E eu duvido que,
naquele momento, houvesse cinco Vereadores, e os Vereadores presentes, que logo
a seguir aprovaram seus projetos, no dia seguinte, quando subi à tribuna,
questionaram a mim, que não poderia ser. Eles silenciaram porque não sabiam que
era esse projeto, porque só foi lido o número do projeto que originou a troca
do nome do Acampamento Farroupilha. Com certeza absoluta, aqueles que cultuam
as tradições, os usos e costumes do povo do Rio Grande, não aprovam um que
outro poderá aprovar. O acampamento Farroupilha é bem maior. O Acampamento
Farroupilha não veio da vontade de individualidades, o Acampamento Farroupilha
veio de um sentimento coletivo, e ele não pode ser mudado para atender quem
quer que seja, o cidadão mais simples, ou o mais importante, o Papa que seja!
Não! Não pode levar a denominação de Acampamento Farroupilha Fulano ou
Beltrano, e é por isso que vou imediatamente protocolar um projeto buscando
rescindir essa lei, nós não podemos admitir! E fica aqui para todos, e eu me
incluo, para ficarmos atentos, porque o Vereador menos preparado, ou menos
avisado, protocola um projeto sem saber o sentimento do povo. Na CCJ estava o
seu Governo todo, a Secretaria da Cultura, aqueles incompetentes que estavam lá
e ouviram o sentimento dos tradicionalistas, mas silenciaram.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado Ver. Bernardino Vendruscolo. Esta Presidência faz um Requerimento
solicitando a transferência do período de Grande Expediente para a próxima
Sessão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA
CAVEDON:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, cabe a mim, na condição de
Líder do Partido dos Trabalhadores, fazer um registro importante sobre a
participação do PT, em especial em Porto Alegre, mas também no Brasil nesse 1º
turno das campanhas eleitorais. Nós já sabíamos que enfrentaríamos uma
conjuntura dificílima, porque há, sim, um movimento de criminalização e combate
a um partido neste País, ao Partido dos Trabalhadores. Desde que a Presidenta
Dilma reelegeu-se para mais um mandato de presidenta, há uma organização dos
partidos perdedores da eleição que correspondem e representam projeto
antagonista ao que vinha sendo desenvolvido no País por Lula e Dilma, uma
campanha organizada nas ruas, organizada no Judiciário, com a complacência do
Judiciário, organizada pela grande mídia, organizada pela maioria, formada no
Congresso Nacional, para o impeachment da
presidenta; mais do que isso, para responsabilização exclusiva do Partido dos
Trabalhadores sobre a corrupção neste País.
Lamentavelmente a Operação Lava Jato, como
outras tantas operações, quase duas mil, se já não passam de três mil operações
da Polícia Federal, nos períodos Lula e Dilma, que, em comparação com os
períodos Fernando Henrique Cardoso, são em muito maior quantidade, ou seja,
essa operação, como outras milhares de operações que representavam o novo
Brasil nascendo, porque é o novo Brasil com autonomia da Polícia, do Ministério
Público, do Judiciário, enfrentando de fato a corrupção. Esta Operação Lava
Jato foi direcionada para desgastar o Partido dos Trabalhadores, para
criminalizar o Partido dos Trabalhadores, pela mídia, insisto em dizer, pela
maioria congressual, pelos partidos PSDB e PMDB, que lideram um conjunto de
partidos que representam um modelo neoliberal, conservador, concentrador de
riquezas e privilégios neste País, e que não foi eleito pelas urnas, pelo povo
brasileiro, cujo projeto não foi eleito pelas urnas e pelo povo brasileiro em
nenhuma das últimas eleições, que precisou e operou esse golpe político e
midiático para retirar a Presidente Dilma. Sabíamos então que íamos enfrentar
uma conjuntura muito difícil, o que se seguiu durante as eleições, o que nós
chamamos de boca de urna midiática, boca de urna produzida pela Polícia
Federal, com a prisão dos nossos ex-Ministros, como foi a vergonhosa prisão do
Mantega, porque nada de concreto havia contra ele. Ele estava no hospital,
acompanhando a sua esposa, e foi levado à prisão temporária. Nós tivemos aqui
em Porto Alegre um bravo companheiro, o Raul Pont, que colocou sua história,
sua trajetória, sua vida à disposição do contraponto a esta política, a este
golpismo; colocou a sua energia à disposição da cidade de Porto Alegre, fazendo
contraponto ao modelo que se encontra nesta Cidade. Homenageio aqui o nosso
companheiro Raul Pont, em nome da Bancada do Partidos dos Trabalhadores.
Homenageio cada candidato a Vereador e à Vereadora que concorreram, junto com o
PCdoB; também homenageio, agradeço e lamento profundamente que não tenha a
representação, com o resultado das urnas, em especial, da Ver.ª Jussara Cony,
uma guerreira combativa ao lado dos movimentos sociais, ao lado dos direitos,
ao lado da democracia, que não se reelegeu pela conformação político-eleitoral,
porque votos ela tinha, sim, mais do que muitos eleitos que aqui terão uma
cadeira. Homenageando todos esses militantes e, em especial, o Raul Pont, é que
eu encerro então esta minha fala, dizendo que há uma sinalização importante de
votos nulos, brancos e de abstenção eleitoral que nos indicam que os votos não
foram para a direita, mas foram votos atordoados por esse bombardeamento da
esquerda no Brasil, que não viram representação por esta composição atual.
Então esses votos são de protesto, de esquerda, de mudança, atordoados por esse
bombardeamento de limites e erros dos nossos partidos. São votos indicadores de
que a política tem que mudar e que não se aceita mais a criminalização e
marginalização de uma única sigla e que todos os políticos e políticas do
sistema eleitoral precisam ter alteração. Nós, no segundo turno, hoje vamos
discutir, no nosso diretório, e tudo indica que tiraremos uma posição de voto
nulo, de voto em branco, de não responsabilização com nenhum dos candidatos que
estão aí e que para nós são o continuísmo. E segue a luta!
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Registro a presença do Ver. João Mendes,
de Alvorada. Seja muito bem-vindo a esta Casa.
Não havendo nada mais a tratar, estão encerrados
os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 15h31min.)
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